Conforme a Polícia Civil, agressor e vítima eram universitários e briga foi por motivo fútil.
Um motorista de aplicativo e universitário de 25 anos morreu na terça-feira (5) no hospital onde estava internado desde 28 de maio, após ter ficado ferido em uma briga no trânsito em Florianópolis. N. d. S. N. era estudante de engenharia de produção, técnico em edificações e trabalhava como motorista.
A Polícia Civil afirma ter identificado o suspeito do espancamento, um também universitário, de 28 anos, mas ele não foi preso. O inquérito do caso deve ser concluído no final do mês.
De acordo com a Polícia Civil, a briga foi por volta das 18h do dia 28 de maio no bairro Santa Mônica, próximo à saída da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
"Os dois discutiram por motivo fútil e continuaram se provocando durante todo o trajeto, de dentro dos carros. Na sinaleira do Córrego Grande desceram dos carros e foi quando houve a briga", disse o delegado A. B..
B. disse que imagens de câmeras de segurança foram analisadas e que o autor já confessou a agressão. Ele estava com a namorada dentro do carro, mas ela não teria se envolvido, conforme o delegado, acrescentando que o confronto não envolveu outras pessoas da rua.
O delegado afirma que aguarda o laudo cadavérico para a conclusão do inquérito, bem como a perícia de um skate e de uma pedra, ambos objetos que feriram N.. A vítima levou uma pancada na cabeça e havia marcas de roda de skate no rosto.
Também foram pedidas à empresa de aplicativo informações sobre o cadastro do motorista, para verificar se vítima e agressor já se conheciam previamente.
A Polícia Civil não relevou a identidade do investigado, mas informou ser um estudante sem passagens criminais. O possível enquadramento é lesão corporal grave seguida de morte, mas o delegado ainda irá analisar as provas para finalizar a investigação.
Família
N. sofria de uma doença renal crônica, e fazia hemodiálise três vezes por semana. "Ele era o homem da casa. Mantinha o aluguel, pagava luz, pagava comida", conta o pai J. C. d. S..
Para a família, o caso não se trata de lesão corporal. "A gente sabe que ele se deparou com duas pessoas. A princípio houve uma discussão. Eles pegaram skate, bateram várias vezes na cabeça dele por trás. Os dois joelhos destruídos. As pernas. Eles espancaram meu filho. Ele foi espancado. Não foi lesão corporal. Eles mataram meu filho", conta o pai.
Os pais querem que haja punição para o crime. "Eu quero que as pessoas que fizeram isso com o meu filho paguem pelo o que fizeram", disse a mãe S. G. d. S..
Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/motorista-de-aplicativo-morre-em-hospital-apos-briga-no-transito-em-florianopolis.ghtml
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